Monday, October 15, 2012

PROJECAO PARA ECONOMIA BRASILEIRA 2012 - 2013


Aposta para a inflação em 2012 tem leve alta no boletim Focus, do BC

A expectativa dos analistas de mercado para a inflação em 2012 continua a se deteriorar, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. Ao mesmo tempo, eles ajustaram para baixo sua previsão para a Selic ao fim deste ano após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.
Am disso, as instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2012 e ajustaram mais uma vez para baixo a expectativa para a produção industrial neste ano.
IPCA e juros
Segundo o Focus, a mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - feitas por cerca de cem analistas consultados pela autoridade monetária - teve leve alta ao subir de 5,42% para 5,43% em 2012. Foi a 14ª alta consecutiva nas previsões. Para 2013, a mediana caiu de 5,44% para 5,42%. Para os próximos 12 meses ocorreu o mesmo, com ligeira queda de 5,5% para 5,49%.
A projeção para os preços administrados em 2012 inverteu o sinal. Após duas semanas em alta, a mediana recuou de 3,5% para 3,45%. Para 2013, recuou de 4% para 3,50%. 
Quanto à Selic, os analistas agora esperam que o juro termine o ano em 7,25%, taxa atual, ante 7,5% na semana passada. Para o fim de 2013, a projeção foi mantida em 8%.
Juros e inflação foram temas abordados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante a passagem de ambos pelos eventos relacionados à reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Tóquio, na semana passada. 
Relatório do FMI divulgado na ocasião alertou para a inflação acima do centro da meta no Brasil. O país, segundo o Fundo, pode ter que desfazer as medidas de estímulos à economia para garantir que as expectativas de inflação continuem ancoradas. 
Em resposta, Mantega afirmou não ver necessidade de o FMI pedir atenção do Brasil para o assunto. “Não é necessário [o FMI] fazer essa observação porque estamos permanentemente atentos à pressão inflacionária’, afirmou o ministro. “O próprio relatório [do FMI] afirma que a tendência é o Brasil ter uma inflação de 5% em 2012 e de 5,1% em 2013”, disse Mantega.
 Já Tombini indicou a investidores num evento do banco Itaú BBA, em Tóquio, que o nível de juros atual é o que deve prevalecer para atingir a meta de inflação de 4,5% no terceiro trimestre do ano que vem. Este foi o relato feito ao jornalista Alex Ribeiro, do Valor, por quatro economistas que participaram de café da manhã com Tombini no Hotel Península, em Tóquio, na manhã de sábado. O diretor de assuntos internacionais, Luiz Awazu Pereira, também estava presente no evento.
Na quinta-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic para a mínima histórica de 7,25% ao ano.

Projeção para a economia 
Após ficar estável por três semanas, a mediana das estimativas para o PIB – apurada junto a cerca de cem analistas - recuou de 1,57% para 1,54% em 2012. Esse recuo foi acompanhado pelo ajuste para baixo na produção industrial, cuja previsão passou de queda de 2% para contração de 2,03%.
 Para 2013, a previsão para o crescimento do PIB foi mantida em 4,0% e a da produção industrial subiu de expansão de 4,15% para 4,25%.
Na semana passada, dados sobre atividade indicaram recuperação moderada da economia. Depois de informar que a produção industrial aumentou 1,5% em agosto sobre julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que essa atividade teve expansão em nove de 14 locais pesquisados no período. Em julho, a relação tinha sido inversa: nove de 14 regiões tiveram retração. O emprego industrial, contudo, caiu 0,1% no mesmo agosto sobre julho. 
Outro dado de atividade, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) veio melhor que o esperado, com aumento de 0,2% no varejo restrito em agosto sobre julho, quando a expectativa média dos analistas ouvidos pelo Valor Data era de queda de 0,1%. O ampliado, puxado pela alta de 7,7% nas vendas de veículos, cresceu 2,7% no mês, ante expectativa de 1,6%.

Na quinta-feira à tarde, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) subiu 0,98% em agosto sobre julho, com ajuste sazonal, a maior alta desde março do ano passado. O indicador corroborou a expectativa de uma alta de 1% no PIB do terceiro trimestre.









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