INDICADORES ECONOMICOS DE BRASIL
( AÑO 2013 US$ )
INFLACION 5,9%
TASA DE CAMBIO R$2,33/US$
PIB 2,132 Millardos
CRECIMIENTO PIB 2,3%
EXPORTAC. TOT 241,1 Millardos
IMPORT. TOTAIES 238,9 Millardos
TASA DE INTERES 10,50%
COMERCIO BILAT 6,0 Millardos
EXPORT/PVE 4,8 Millardos
IMPORT/DEVE 1,2 Millardos
SALARIO M. R$ 678
RESERVASDEL BCB 235/US$ Millardos
IED- INVERS.EXT 64,04 Millardos
Valores estimados por el Econ FernandoPortela
Friday, January 31, 2014
Sunday, April 7, 2013
PORQUE O BRASIL NAO CRESCE : O EMPRESARIADO , OS POLITICOS E A SOCIEDADE TEM QUE MUDAR
Pressa para recuperar décadas de inércia e séculos de atraso na forma de planejar, administrar e, principalmente, de fazer política!
A dívida externa nos “engessou” desde a Independência, que já nasceu dependente dos ingleses, atingiu sua “maioridade” na Guerra do Paraguai, mantido o mesmo credor; ficou “americanizada”, depois da crise de 1929 e da II Guerra Mundial, atingindo seu ápice nos anos de 1980. Herança lusitana. Cobrança anglo-saxônica.
O Império teve alguns lampejos desenvolvimentistas; o Estado Novo, também; os “50 anos em 5”, de Juscelino, foi uma importante guinada, bem como o “Milagre Brasileiro”. Cada um trouxe avanços e freios, a maioria protagonizada por investimentos estrangeiros, cuja facilidade de obtenção levou a uma nefasta e, por que não, maliciosa dependência das potências ocidentais, no contexto da Guerra Fria.
Depois de muitos planos econômicos tão mirabolantes quanto inconsequentes, para não dizer coisa pior, o Plano Real deu início a um processo de recuperação nacional, que o bom senso dos governantes posteriores tem mantido. Os avanços econômicos, sociais e tecnológicos são evidentes, embora pudessem ser ainda maiores, não fosse a “cultura” política brasileira, que “não desiste nunca”.
O fortalecimento e consolidação do mercado interno tornaram o o Brasil menos susceptível às crises mundiais. Porém, conciliar o crescimento do agronegócio e o desenvolvimento industrial, tecnológico e humano continua num compasso não muito diferente dos tempos do império.
Ambos querem crescer e tem fantástico potencial para tanto! No entanto, esse crescimento sofre com os “gargalos” estruturais, fruto de décadas de falta de planejamento ou, melhor, da falta de realização do planejado. Aliás, planejamos muito, mas executamos pouco ou mal. Por quê?
Não falta qualificação técnica e humana aos profissionais brasileiros, tanto que é cada vez mais comum vê-los nos altos escalões de empresas e órgãos internacionais. Ao que consta, o problema também não está mais nos recursos financeiros, como demonstram os PAC e o interesse de investidores estrangeiros.
O Governo Federal quer mais agilidade nos processos e maior participação da iniciativa privada, consciente de que o Brasil precisa tirar máximo proveito do atual cenário mundial, para consolidar e ampliar seu protagonismo no concerto das nações. E o fará mantendo sua tradição de país não-beligerante, defensor da autodeterminação dos povos. A abertura de mercado, feita nos tempos de Collor e as privatizações feitas por FHC tiveram importante papel na mudança do cenário interno. Elas permitiram a melhoria de infraestrutura e a modernização da indústria nacional. Houve, é fato, falhas nos modelos adotados. Mas a descentralização das ações, com planejamento estratégico centralizado, permitiu significativos e visíveis avanços, potencializando novos e mais ousados.
O Brasil tem pressa, mas não pode apelar para ‘clones’; atropelar princípios caros à democracia
É certo que a estagnação econômica de quase duas décadas represou inúmeras obras de infraestrutura indispensáveis ao crescimento do país. A Engenharia brasileira, nesse meio tempo, sofreu um extremamente rude golpe, perdendo profissionais para a área financeira e reduzindo o interesse dos jovens por esse setor fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação.
O resultado dessa falta de visão de nossos governantes, aliado à manipulação internacional, via FMI e outros tipos de pressões, faz com que hoje tenhamos que importar técnicos do exterior, para suprir nossas demandas.
O governo tenta contornar esse carência interna em médio prazo, ofertando bolsas de estudo no exterior. Mas, como controla o resultado desse investimento?
O ensino público Fundamental e Médio continua sendo outro enorme “gargalo”, senão o maior de todos! A solução deste ainda é em médio e longo prazo, dependendo das iniciativas a serem tomadas.
No entanto, há que se considerar que dificilmente será possível oferecer ensino público “de ponta” em todas as escolas. Isso depende de infraestrutura física e de qualificação humana.
Seria o ideal, mas, enquanto isso não for possível, é indispensável criar núcleos de excelência onde, por mérito, professores e alunos tenham condições para desenvolver plenamente seus potenciais. Para tanto, da mesma forma que temos “headhunters” no mundo corporativo, precisaremos desse tipo de “caçadores” no âmbito educacional. Já os temos na área esportiva, sem cotas. Porque não tê-los, também, para outras inteligências? Outra necessidade premente do Brasil para resolver e evitar novos “gargalos” estruturais é a descentralização das ações. O planejamento estratégico e a regulação devem ser feitos pelo governo, em sintonia com a sociedade. No entanto, centralizar decisões está na contramão da agilidade necessária! Não adianta exigir pressa na implantação de novas infraestruturas e equipamentos se os licenciamentos e licitações, assim centralizados, não obedecerem ao mesmo ritmo; se a burocracia continuar a propiciar ambientes propícios à corrupção; se políticos de má índole, sem compromisso com a nação e imunes às leis que eles próprios criam, continuarem a fazer de seus mandatos “balcão de negócio” e meio de enriquecimento ilícito; se cada ONG, financiada sabe-se lá por quem e com quais interesses, tiver força para impedir aqui o que não impede em seu país de origem. so não implica em desrespeitar leis ou ignorar questões ambientais e sociais, mas em dinamizar processos, o que não pode ser centralizado e analisado de forma distanciada dos contextos regionais; nem prejudicando uns, para favorecer outros; nem criando desequilíbrios, hiatos ou conflitos regulatórios que geram instabilidade e incerteza. Descentralização é palavra-chave nesse processo! Cabe ao governo zelar pelo uso efetivo e adequado dos recursos públicos; e regular, para que não haja desequilíbrio concorrencial, oferecendo as mesmas condições a todos, respeitando o princípio federativo.
O Brasil tem pressa, mas não pode apelar para “clones”; atropelar princípios caros à democracia, nem se dar mais o “luxo” de tropeçar!
Investir em educação e infraestrutura é indispensável!
Entretanto, também é fundamental que nos conscientizemos que os piores itens do chamado “Custo Brasil” são: a corrupção e a burocracia.
ALEM DISSO DEIXEMOS DE ARROJAR PEDRAS PARA OUTROS : A COLONIZACAO PORTUGUESA ,A DEPENDENCIA DOS INGLESES, DEPOIS OS AMERICANOS, DEPOIS A CEPAL, O FMI , O IMPERIO. JAPAO; COREIA DO SUL ,CINGAPURA E OUTROS CRESCERAM EM 20 ANOS. AGORA EM 10 ANOS ATE O VIETNAM . TODA A MINHA EXISTENCIA SO TENHO OUVIDO : O MILAGRO BRASILEIRO, O PAIS MAS GRANDE DO MUNDO ETC E VOU MORRER NA MESMA LARACA . CORRUPCOES DOS POLITICOS ; EMPRESARIOS E DO ELECTORADO QUE TAMBEM TEM CULPA NO CARTORIO PORQUE VOTA NOS CORONEIS E A IMPUGNIDADE.IMPERA POR TODOS OS LADOS Y SECTORES Os comentarios sao da minha pesso e nao do autor que fez uma excelente analise . Meus parabens.
de opção.
Um país, para se desenvolver plenamente, precisa de justiça social, respeito à democracia e múltiplas oportunidades para o desenvolvimento profissional e humano. Precisa motivar as pessoas a buscarem sucesso de forma autônoma, por opção pessoal e mérito, sem descuidar das questões sociais, sem dúvida, mas sem privilegiar indefinidamente compensações e assistencialismos.
Outra necessidade premente do Brasil para resolver e evitar novos “gargalos” estruturais
Monday, December 17, 2012
PORQUE O BRASIL NAO CRESCE - BUROCRACIA INSTITUCIONAL
Até aí, todos de acordo. O problema é que, no afã de cuidar do meio ambiente, o Brasil construiu um sistema quase incompreensível. Para obter uma licença ambiental, é preciso lidar com 20 repartições — na Dinamarca são cinco. Pior: os órgãos estão despreparados para atender às demandas de um país que tenta tirar sua infraestrutura do buraco.
“Nossas instituições não acompanharam o crescimento econômico”, diz Roberto Messias, ex-presidente do Ibama, o principal órgão do setor. Em 2007, o Ibama tinha 980 projetos à espera de licenças. Hoje, são 1 557.
Tome-se o exemplo de um projeto de estaleiro em Biguaçu, em Santa Catarina. O investimento, de 2 bilhões de reais, geraria 10 000 empregos. Em 2010, o projeto, da OSX, do empresário Eike Batista, foi cancelado porque o Instituto Chico Mendes, em defesa de 60 golfinhos que seriam molestados pelas obras, fez pressão para que a licença não saísse.
O estaleiro foi para o Rio de Janeiro — pior para Santa Catarina. Muitas vezes, o empecilho vem de uma espécie animal específica: o “homo burocratus”. Esse ser cria trâmites intermináveis. Há cinco anos, a hidrelétrica de Pai Querê, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, aguarda licença para sair do papel. Como mostram os exemplos das páginas seguintes, para o ambiente econômico brasileiro florescer é bom que ao menos o “homo burocratus” seja extinto para sempre.
1 Os órgãos não se entendem? Azar seu
Foram necessários 65 meses — quase cinco anos e meio — para a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) conseguir as licenças para a construção da linha de transmissão de energia Funil-Itapebi, na Bahia. Tudo porque a linha passava por um trecho protegido de Mata Atlântica.
Os técnicos do Ibama pediam revisão do projeto. Justo. O problema é que a decisão nunca era tomada. “Apresentávamos as mudanças e sempre nos pediam novas coisas”, diz José Ailton de Lima, diretor de engenharia e construção da Chesf. Até que o Ministério de Minas e Energia reuniu os envolvidos e resolveu o impasse. O traçado original, de 200 quilômetros, ganhou mais 30 quilômetros para evitar a área protegida. Um final feliz — mas com quase seis anos de atraso
O maior problema da Chesf hoje está na Bahia. A construção das linhas para distribuir a energia elétrica produzida em 32 parques eólicos deveria ter terminado em junho. A ideia era inaugurá-las com as usinas eólicas, que foram concluídas no prazo. Segundo Lima, a Chesf hoje é como uma bolinha de pingue-pongue que vai de lá para cá numa enorme mesa que fica entre Bahia e Brasília.
“O projeto não fica pronto porque os órgãos de Brasília e os da Bahia não se entendem. O que um libera, o outro bloqueia. Nós ficamos no meio”, diz Lima. Ele torce para que tudo seja resolvido em janeiro. Assim, as linhas seriam inauguradas em dezembro de 2013. Até lá, os geradores ficarão parados. E o país deixará de produzir energia limpa.
A construção de linhas de transmissão é retardada também por causa de uma imprevidência: por serem consideradas obras de baixo impacto, o governo faz leilão de linhas sem que elas tenham licença prévia aprovada. Sem a licença, torna-se impossível cumprir o prazo acertado no leilão.
Um levantamento feito pelo Instituto Acende Brasil em 133 empreendimentos mostra que o prazo médio para a entrega de linhas é de 22 meses. Só que são necessários 19 meses para a obtenção das licenças. “Claro que não dá para construir uma linha em três meses”, diz Claudio Sales, presidente do Acende Brasil.
As linhas levam, em média, 13 meses para ficar prontas. Desde 2002, as operadoras do setor deixaram de faturar 1,6 bilhão de reais devido a atrasos no licenciamento das obras. Uma fortuna perdida pelo caminho.
2 Represadas pelos processos judiciais
Advogados que prestam consultoria jurídica para grandes empreendimentos sabem: é preciso fazer tudo para evitar que problemas ambientais nos projetos sejam discutidos na Justiça. A chamada “judicialização” do processo ocorre quando a decisão, em vez de ser tomada por órgãos técnicos, como Ibama ou secretarias estaduais de Meio Ambiente, passa a depender de um juiz.
É quase sempre mais complicado. “A área ambiental exige um conhecimento especializado”, diz Simone Nogueira, advogada do escritório Siqueira Castro. “Se o juiz não dominar o assunto e houver alguma dúvida, vai seguir o princípio de precaução, e a obra ficará paralisada
Dependendo da obra, o processo de licenciamento ambiental pode parar na Justiça em decorrência do grande número de instituições com poder de opinião: a Funai representa os índios; a Fundação Palmares, os quilombolas; há institutos de patrimônio histórico federal, estaduais e até municipais que zelam por relíquias como fósseis ou vestígios de homens primitivos; o Instituto Chico Mendes protege a biodiversidade; existem até centros que só cuidam das cavernas.
Acima de todos eles está o Ministério Público, o grande xerife ambiental, também com vertentes federal e estaduais. Todos desempenham um papel na defesa do meio ambiente. Na prática, o processo é contaminado por ideologias — e é aí que mora o problema. “Em volta das questões técnicas existem visões políticas e ideológicas que complicam as coisas”, diz Simone.
O complexo de hidrelétricas que desde agosto de 2011 está em construção no rio Teles Pires, na divisa de Mato Grosso e Pará, já foi alvo de 27 processos que pedem a interrupção das obras. As ações em geral são movidas por queixas de tribos indígenas. Em março, por exemplo, o Ministério Público Federal entrou com ação para impedir a explosão do Salto das Sete Quedas do rio Teles Pires, uma etapa necessária à construção. Durante 18 dias o canteiro ficou parado.
O motivo? Essa seria uma área sagrada. Segundo o desembargador federal que analisou o caso, no “luminoso espectro” das águas da cachoeira “existe o avatar do intocável Mágico Criador da cultura ecológica desses povos indígenas”, referindo-se às tribos caiabi, mundurucu e apiacá. Crenças à parte, o país precisa decidir, antes de iniciar um empreendimento, o que é mais importante: preservar a cachoeira ou gerar energia limpa dos rios. Tantas ações judiciais dão margem a piadas.
“Dizemos que o Brasil criou uma nova fase no processo, além das licenças prévias, de instalação e de operação: é a fase das liminares”, diz o advogado Floriano Azevedo Marques. Curiosamente, a refinaria Abreu e Lima, no litoral de Pernambuco, ganhou sua licença ambiental em cinco meses, um recorde para os padrões brasileiros. A refinaria teve como padrinho o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
3 Seis anos de espera por uma resposta
O que esperar quando um órgão público exige de outro órgão público uma anuência para liberar o licenciamento ambiental de um empreendimento? Literalmente, uma burocracia paralisante. Uma mineradora de um grande grupo empresarial brasileiro (que pede para não ser identificado) sentiu na pele essa ineficiência. Em 2005, a mineradora precisou da permissão do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav)para que a Fundação Estadual do Meio Ambiente, órgão ambiental de Minas Gerais na época, permitisse a exploração de uma área próxima ao município de Pedro Leopoldo conhecida pela grande quantidade de cavernas e com potencial para a extração de calcário.
A empresa já tinha a licença prévia e precisava apenas da anuência do Cecav para conseguir a licença de instalação antes da operação. Era necessária a certeza de que, nas cavernas da área, não havia pinturas rupestres e outros itens de valor histórico que exigiriam preservação. Até aí, tudo bem.
O problema surgiu com a demora dos técnicos do Cecav para analisar a região. “Simplesmente não conseguíamos obter resposta”, diz o advogado da empresa, Danilo Miranda, do escritório Marcelo Tostes. O técnicos do Cecav levaram seis anos para concluir que não havia nada que impedisse a exploração.
A resposta favorável à empresa veio em 2011. Mas era tarde: a licença prévia, com validade de seis anos, expirara. A empresa teve de reiniciar todo o processo — hoje em andamento. E arcar com o prejuízo para refazer os estudos. Haja paciência.
“Nossas instituições não acompanharam o crescimento econômico”, diz Roberto Messias, ex-presidente do Ibama, o principal órgão do setor. Em 2007, o Ibama tinha 980 projetos à espera de licenças. Hoje, são 1 557.
Tome-se o exemplo de um projeto de estaleiro em Biguaçu, em Santa Catarina. O investimento, de 2 bilhões de reais, geraria 10 000 empregos. Em 2010, o projeto, da OSX, do empresário Eike Batista, foi cancelado porque o Instituto Chico Mendes, em defesa de 60 golfinhos que seriam molestados pelas obras, fez pressão para que a licença não saísse.
O estaleiro foi para o Rio de Janeiro — pior para Santa Catarina. Muitas vezes, o empecilho vem de uma espécie animal específica: o “homo burocratus”. Esse ser cria trâmites intermináveis. Há cinco anos, a hidrelétrica de Pai Querê, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, aguarda licença para sair do papel. Como mostram os exemplos das páginas seguintes, para o ambiente econômico brasileiro florescer é bom que ao menos o “homo burocratus” seja extinto para sempre.
1 Os órgãos não se entendem? Azar seu
Foram necessários 65 meses — quase cinco anos e meio — para a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) conseguir as licenças para a construção da linha de transmissão de energia Funil-Itapebi, na Bahia. Tudo porque a linha passava por um trecho protegido de Mata Atlântica.
Os técnicos do Ibama pediam revisão do projeto. Justo. O problema é que a decisão nunca era tomada. “Apresentávamos as mudanças e sempre nos pediam novas coisas”, diz José Ailton de Lima, diretor de engenharia e construção da Chesf. Até que o Ministério de Minas e Energia reuniu os envolvidos e resolveu o impasse. O traçado original, de 200 quilômetros, ganhou mais 30 quilômetros para evitar a área protegida. Um final feliz — mas com quase seis anos de atraso
O maior problema da Chesf hoje está na Bahia. A construção das linhas para distribuir a energia elétrica produzida em 32 parques eólicos deveria ter terminado em junho. A ideia era inaugurá-las com as usinas eólicas, que foram concluídas no prazo. Segundo Lima, a Chesf hoje é como uma bolinha de pingue-pongue que vai de lá para cá numa enorme mesa que fica entre Bahia e Brasília.
“O projeto não fica pronto porque os órgãos de Brasília e os da Bahia não se entendem. O que um libera, o outro bloqueia. Nós ficamos no meio”, diz Lima. Ele torce para que tudo seja resolvido em janeiro. Assim, as linhas seriam inauguradas em dezembro de 2013. Até lá, os geradores ficarão parados. E o país deixará de produzir energia limpa.
A construção de linhas de transmissão é retardada também por causa de uma imprevidência: por serem consideradas obras de baixo impacto, o governo faz leilão de linhas sem que elas tenham licença prévia aprovada. Sem a licença, torna-se impossível cumprir o prazo acertado no leilão.
Um levantamento feito pelo Instituto Acende Brasil em 133 empreendimentos mostra que o prazo médio para a entrega de linhas é de 22 meses. Só que são necessários 19 meses para a obtenção das licenças. “Claro que não dá para construir uma linha em três meses”, diz Claudio Sales, presidente do Acende Brasil.
As linhas levam, em média, 13 meses para ficar prontas. Desde 2002, as operadoras do setor deixaram de faturar 1,6 bilhão de reais devido a atrasos no licenciamento das obras. Uma fortuna perdida pelo caminho.
2 Represadas pelos processos judiciais
Advogados que prestam consultoria jurídica para grandes empreendimentos sabem: é preciso fazer tudo para evitar que problemas ambientais nos projetos sejam discutidos na Justiça. A chamada “judicialização” do processo ocorre quando a decisão, em vez de ser tomada por órgãos técnicos, como Ibama ou secretarias estaduais de Meio Ambiente, passa a depender de um juiz.
É quase sempre mais complicado. “A área ambiental exige um conhecimento especializado”, diz Simone Nogueira, advogada do escritório Siqueira Castro. “Se o juiz não dominar o assunto e houver alguma dúvida, vai seguir o princípio de precaução, e a obra ficará paralisada
Dependendo da obra, o processo de licenciamento ambiental pode parar na Justiça em decorrência do grande número de instituições com poder de opinião: a Funai representa os índios; a Fundação Palmares, os quilombolas; há institutos de patrimônio histórico federal, estaduais e até municipais que zelam por relíquias como fósseis ou vestígios de homens primitivos; o Instituto Chico Mendes protege a biodiversidade; existem até centros que só cuidam das cavernas.
Acima de todos eles está o Ministério Público, o grande xerife ambiental, também com vertentes federal e estaduais. Todos desempenham um papel na defesa do meio ambiente. Na prática, o processo é contaminado por ideologias — e é aí que mora o problema. “Em volta das questões técnicas existem visões políticas e ideológicas que complicam as coisas”, diz Simone.
O complexo de hidrelétricas que desde agosto de 2011 está em construção no rio Teles Pires, na divisa de Mato Grosso e Pará, já foi alvo de 27 processos que pedem a interrupção das obras. As ações em geral são movidas por queixas de tribos indígenas. Em março, por exemplo, o Ministério Público Federal entrou com ação para impedir a explosão do Salto das Sete Quedas do rio Teles Pires, uma etapa necessária à construção. Durante 18 dias o canteiro ficou parado.
O motivo? Essa seria uma área sagrada. Segundo o desembargador federal que analisou o caso, no “luminoso espectro” das águas da cachoeira “existe o avatar do intocável Mágico Criador da cultura ecológica desses povos indígenas”, referindo-se às tribos caiabi, mundurucu e apiacá. Crenças à parte, o país precisa decidir, antes de iniciar um empreendimento, o que é mais importante: preservar a cachoeira ou gerar energia limpa dos rios. Tantas ações judiciais dão margem a piadas.
“Dizemos que o Brasil criou uma nova fase no processo, além das licenças prévias, de instalação e de operação: é a fase das liminares”, diz o advogado Floriano Azevedo Marques. Curiosamente, a refinaria Abreu e Lima, no litoral de Pernambuco, ganhou sua licença ambiental em cinco meses, um recorde para os padrões brasileiros. A refinaria teve como padrinho o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
3 Seis anos de espera por uma resposta
O que esperar quando um órgão público exige de outro órgão público uma anuência para liberar o licenciamento ambiental de um empreendimento? Literalmente, uma burocracia paralisante. Uma mineradora de um grande grupo empresarial brasileiro (que pede para não ser identificado) sentiu na pele essa ineficiência. Em 2005, a mineradora precisou da permissão do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav)para que a Fundação Estadual do Meio Ambiente, órgão ambiental de Minas Gerais na época, permitisse a exploração de uma área próxima ao município de Pedro Leopoldo conhecida pela grande quantidade de cavernas e com potencial para a extração de calcário.
A empresa já tinha a licença prévia e precisava apenas da anuência do Cecav para conseguir a licença de instalação antes da operação. Era necessária a certeza de que, nas cavernas da área, não havia pinturas rupestres e outros itens de valor histórico que exigiriam preservação. Até aí, tudo bem.
O problema surgiu com a demora dos técnicos do Cecav para analisar a região. “Simplesmente não conseguíamos obter resposta”, diz o advogado da empresa, Danilo Miranda, do escritório Marcelo Tostes. O técnicos do Cecav levaram seis anos para concluir que não havia nada que impedisse a exploração.
A resposta favorável à empresa veio em 2011. Mas era tarde: a licença prévia, com validade de seis anos, expirara. A empresa teve de reiniciar todo o processo — hoje em andamento. E arcar com o prejuízo para refazer os estudos. Haja paciência.
Monday, October 15, 2012
PROJECAO PARA ECONOMIA BRASILEIRA 2012 - 2013
Aposta para a inflação em 2012 tem leve alta no boletim Focus, do BC
A expectativa dos analistas de mercado para a inflação em 2012 continua a se deteriorar, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. Ao mesmo tempo, eles ajustaram para baixo sua previsão para a Selic ao fim deste ano após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.
Am disso, as instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2012 e ajustaram mais uma vez para baixo a expectativa para a produção industrial neste ano.
IPCA e juros
Segundo o Focus, a mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - feitas por cerca de cem analistas consultados pela autoridade monetária - teve leve alta ao subir de 5,42% para 5,43% em 2012. Foi a 14ª alta consecutiva nas previsões. Para 2013, a mediana caiu de 5,44% para 5,42%. Para os próximos 12 meses ocorreu o mesmo, com ligeira queda de 5,5% para 5,49%.
A projeção para os preços administrados em 2012 inverteu o sinal. Após duas semanas em alta, a mediana recuou de 3,5% para 3,45%. Para 2013, recuou de 4% para 3,50%.
Quanto à Selic, os analistas agora esperam que o juro termine o ano em 7,25%, taxa atual, ante 7,5% na semana passada. Para o fim de 2013, a projeção foi mantida em 8%.
Juros e inflação foram temas abordados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante a passagem de ambos pelos eventos relacionados à reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Tóquio, na semana passada.
Relatório do FMI divulgado na ocasião alertou para a inflação acima do centro da meta no Brasil. O país, segundo o Fundo, pode ter que desfazer as medidas de estímulos à economia para garantir que as expectativas de inflação continuem ancoradas.
Em resposta, Mantega afirmou não ver necessidade de o FMI pedir atenção do Brasil para o assunto. “Não é necessário [o FMI] fazer essa observação porque estamos permanentemente atentos à pressão inflacionária’, afirmou o ministro. “O próprio relatório [do FMI] afirma que a tendência é o Brasil ter uma inflação de 5% em 2012 e de 5,1% em 2013”, disse Mantega.
Já Tombini indicou a investidores num evento do banco Itaú BBA, em Tóquio, que o nível de juros atual é o que deve prevalecer para atingir a meta de inflação de 4,5% no terceiro trimestre do ano que vem. Este foi o relato feito ao jornalista Alex Ribeiro, do Valor, por quatro economistas que participaram de café da manhã com Tombini no Hotel Península, em Tóquio, na manhã de sábado. O diretor de assuntos internacionais, Luiz Awazu Pereira, também estava presente no evento.
Na quinta-feira passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic para a mínima histórica de 7,25% ao ano.
Projeção para a economia
Após ficar estável por três semanas, a mediana das estimativas para o PIB – apurada junto a cerca de cem analistas - recuou de 1,57% para 1,54% em 2012. Esse recuo foi acompanhado pelo ajuste para baixo na produção industrial, cuja previsão passou de queda de 2% para contração de 2,03%.
Para 2013, a previsão para o crescimento do PIB foi mantida em 4,0% e a da produção industrial subiu de expansão de 4,15% para 4,25%.
Na semana passada, dados sobre atividade indicaram recuperação moderada da economia. Depois de informar que a produção industrial aumentou 1,5% em agosto sobre julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que essa atividade teve expansão em nove de 14 locais pesquisados no período. Em julho, a relação tinha sido inversa: nove de 14 regiões tiveram retração. O emprego industrial, contudo, caiu 0,1% no mesmo agosto sobre julho.
Outro dado de atividade, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) veio melhor que o esperado, com aumento de 0,2% no varejo restrito em agosto sobre julho, quando a expectativa média dos analistas ouvidos pelo Valor Data era de queda de 0,1%. O ampliado, puxado pela alta de 7,7% nas vendas de veículos, cresceu 2,7% no mês, ante expectativa de 1,6%.
Na quinta-feira à tarde, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) subiu 0,98% em agosto sobre julho, com ajuste sazonal, a maior alta desde março do ano passado. O indicador corroborou a expectativa de uma alta de 1% no PIB do terceiro trimestre.
Friday, October 12, 2012
O AVIAO DO PAC VAI DECOLAR - AGOSTO
O avião do PAC já vai decolar"
Para o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é como um avião prestes a decolar.
Por Luciana de Oliveira
Depois de checados os componentes, é chegada a hora de ir para a cabeceira da pista, ligar as turbinas e voar. O roteiro também vale, diz ele, para o PAC da Mobilidade, o que vai cuidar dos investimentos para a Copa de 2014 - embora pouca coisa, de fato, tenha sido feita.
Tudo ainda depende de conversas com representantes das 12 cidades que receberão o evento. Por enquanto, ele ainda nem sabe quanto será gasto. "É preciso pensar na viabilidade dos projetos pós- Copa e nas singularidades de cada cidade", disse o ministro, que não tem a menor intenção de largar o cargo para disputar eleições em 2010.
DINHEIRO - Qual é o valor dos projetos do PAC da Copa, também chamado de PAC da Mobilidade? Há alguma estimativa do quanto deve ser gasto para receber o evento no País?
Márcio Fortes - No início de agosto, vamos sentar com prefeitos e governadores para ver cada um dos projetos e definir parcerias. Vamos definir o que é mais módico, o que é funcional, como vai ser a operação modal depois da Copa, cronogramas, se é iniciativa estruturante, se é articulada com a mobilidade da cidade. Não pode é construir, por exemplo, um estádio novo para uma cidade que não tem tradição futebolística. Depois da Copa, a obra fica às moscas. Não temos nem ideia do quanto vai ser gasto, se vai ter parceria privada ou se será uma iniciativa só pública.
DINHEIRO - Essa discussão deve se limitar aos representantes de cada sede ou tudo será decidido em conjunto?
Fortes - Será como o PAC. Será um de cada vez.
IRO - O que o PAC da Copa contempla além da infraestrutura de estádios e hotéis para seleções e torcedores?
Fortes - Cuidamos dos acessos às sedes. É preciso pensar em aeroportos, portos e rodovias. Adaptar os aeroportos para o fluxo de passageiros. Se for necessário, inclusive, aumentar o número de pistas. A partir daí, pensar nas várias possibilidades de saída até a cidade e os estádios. Pode ser um BRT, um corredor exclusivo para ônibus articulado, com capacidade para 270 passageiros. Ou um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Tem também metrô ou a via seletiva. Tem que ser estruturante. Que seja usado plenamente pela cidade depois da Copa.
DINHEIRO - Como é levada em consideração a singularidade de cada sede para que os projetos da Copa se viabilizem?
Fortes - Duas cidades - Cuiabá e Manaus - terão um apelo diferenciado, porque estão em meio a dois santuários ecológicos. No caso delas, tenho que pensar na beleza, na arrumação e nas saídas dos turistas para conhecerem um pouco do Pantanal ou da Amazônia. Um aspecto muito importante a ser resolvido é o do saneamento. Em Manaus, por exemplo, temos que disponibilizar água tratada. Começamos a desenvolver uma nova tomada de preços para distribuição de água na cidade. Outro problema são as chuvas, que destroem a pavimentação. No caso de Cuiabá, temos que ver as possibilidades de saída para o Pantanal e para a Chapada dos Guimarães. A palavra saneamento se aplica a todas as sedes. O turista tem que ter água de qualidade. Não pode ter esgoto a céu aberto dando sopa por aí. O esgoto tem que ser coletado e tratado. A praia não pode ser poluída. Pesquisas com turistas indicam que a maior reclamação deles é sobre a exposição de lixo e sujeira.
DINHEIRO - Pelo menos 50% da população não conta com saneamento tratado. O PAC previa investir R$ 30 bilhões em 1,6 mil obras. Mas só 14% foi realmente executado. Quais as dificuldades para superar um dos gargalos para a população e os turistas?
Fortes - O PAC tem desde o início R$ 40 bilhões para saneamento, envolvendo o Orçamento Geral da União, financiamento, operações de mercado e as contrapartidas. Já temos R$ 31,8 bilhões selecionados e R$ 25,9 bilhões contratados. O presidente Lula concluiu o anúncio do PAC em setembro de 2007. A parte de documentação dos municípios e Estados era muito precária. Havia, algumas vezes, somente memória descritiva e projetos básicos. Para projetos mais avançados, era preciso licença ambiental e a regularização fundiária.
Tem também o problema da desapropriação do terreno. Depois, a licitação para a obra, que é de responsabilidade do governo ou da prefeitura. O PAC é como um avião. Os passageiros estão entrando e se acomodando. A equipe da aeronave está fazendo o check-list. Todos trabalham. Não há ninguém parado. De setembro de 2007 para cá, todos trabalham, mas o avião está parado. Logo, não há visibilidade da obra. A torre de controle nos libera para irmos à cabeceira da pista, mas aí surge um problema e não decolamos. Na maioria dos casos do PAC, estamos prestes a decolar.
DINHEIRO - O Nordeste cresceu muito nos últimos anos. A economia e a renda local dispararam. Muita gente saiu da pobreza, mas ao mesmo tempo as favelas surgem com toda força na região. Como evitar uma desorganização urbana semelhante à que acontece no Sul e Sudeste?
Fortes - Temos que corrigir essa situação. Estamos fazendo a urbanização de favelas. Não é só construir casas. Recompomos o meio ambiente, saneamos, pavimentamos as vias, colocamos rede elétrica, esgoto. Enfim, é feito o conjunto. É mudar as condições de vida. Pode fazer construção de novas moradias, melhoria habitacional e viabilizar a mobilidade dentro da favela ou periferia.
DINHEIRO - Como está a execução do PAC em favelas?
Fortes - Até o fim do ano que vem, 75% dos projetos de urbanização de favelas estarão concluídos. Algumas obras vêm pegando velocidade. Quando o avião for para a cabeceira da pista, decolará e não haverá quem segure. O PAC é diferente dos outros projetos. Tem recurso definido e garantido. Ele aumentou seu orçamento mesmo com a crise. Começou com R$ 504 bilhões e já está com R$ 640 bilhões. Antes, os projetos não tinham seus recursos assegurados. Nós queremos entregar obras. Todos nossos programas do ministério são sonhos não realizados. É gente que nunca teve água nem casa.
DINHEIRO - Essas melhorias sobrevivem à criminalidade?
Fortes - Pelo menos 80% da mão de obra empregada nas obras do PAC nessas áreas é proveniente das favelas. Há um entrosamento muito grande com a comunidade. Durante a execução, surgem alguns problemas relativos ao tráfico. A polícia entra de vez em quando. Mas estamos tocando as coisas, colocando vias mais largas e restaurando casas. Isso vai mudando a conduta das pessoas. Além disso, dispomos de programas de capacitação profissional.
DINHEIRO - O governo reduziu em 40% a parcela que Estados e municípios tem que pagar nas obras do PAC, por causa da queda de arrecadação. Além da falta de dinheiro, houve alguma outra razão para essa generosidade do governo federal?
Fortes - Não, é só isso. Quando houve o aquecimento da economia, muitos insumos subiram de preço. Além disso, o avanço dos projetos significa, muitas vezes, a elevação de custos porque costumam surgir imprevistos. Isso tudo fica a cargo, inicialmente, de prefeitos e governadores. Com essa portaria, incentivamos a gestão. Para quem já pagou sua contrapartida e a obra está no final, nós oferecemos 40% do equivalente a essa contrapartida para o gestor fazer algo novo. Se está no meio da obra, já reduzo a contrapartida dele e o governo completa. Isso é muito importante. Os gestores costumam lidar com situações inusitadas no meio do processo de projetos do PAC, que, geralmente, demandam mais verbas que o xecutivo municipal ou estadual dispõem.
DINHEIRO - Cite uma dessas situações inusitadas.
Fortes - Por exemplo, não se imaginava a profundidade que as fundações tem que ter para construir no Complexo do Alemão. Só se deram conta disso no meio da execução do PAC. Em Carapicuíba, na Grande São Paulo, descobriram uma nascente no meio das escavações para uma obra do PAC em um terreno. Num processo de desapropriação, é comum surgir alguém como herdeiro. Essas descobertas demandam novas avaliações e novos projetos estruturais.
DINHEIRO - O Minha Casa Minha Vida tem a intenção de construir um milhão de casas. Só que até agora apenas 3% desse total foi executado. Como fazer esse outro avião também decolar?
Fortes - Foram eliminados vários obstáculos burocráticos para a execução do Minha Casa Minha Vida. O prazo final não se sabe. O próprio presidente já disse que não coloca prazos. Ele só dispõe sobre as condições. Não há licitação. E a questão da licença ambiental também foi agilizada. A Caixa tem o compromisso de acelerar a análise dos projetos do programa. Mas houve um percalço. Os engenheiros da Caixa ficaram quase dois meses em greve. Isso retardou a avaliação de projetos. Além disso, as construtoras tiveram que se reprogramar, já que muitas delas não são orientadas para o público de baixa renda. Mas, agora, virá uma avalanche.
DINHEIRO - O programa inclui a infraestrutura em torno das unidades habitacionais? Ou isso fica por conta do PAC?
Fortes - O programa tem a produção das casas, mas também tem a parte de infraestrutura. Além disso, há o financiamento de R$ 5 bilhões para fazer o entroncamento do conjunto habitacional com o restante da cidade. Está contabilizado também R$ 1 bilhão para capacitação de pequenas e médias empresas que participarão do processo.
DINHEIRO - O sr. pretende ficar até o fim do mandato do presidente Lula? es - Sim. Hoje, 22 de julho, completo quatro anos no Ministério das Cidades. Se o presidente quiser, espero chegar aos cinco anos e meio.
DINHEIRO - Não está disposto a se candidatar a nenhum cargo eletivo?
Fortes - Apesar de muita gente querer, não quero. Meu partido, o PP, já me liberou para eu escolher o cargo que pretendo disputar nas próximas eleições. Meu compromisso no momento é levar o PAC adiante.
As questões ligadas ao dinheiro, independentemente de se ter muito ou pouco, são as que mais provocam conflitos familiares. Confira a entrevista com os auotres do livro "Família, afeto e finanças".
vésperas de completar 55 anos, no dia três de novembro, Eike Batista, dono do grupo EBX, vive um dos momentos mais delicados de sua trajetória empresarial.
Sunday, September 23, 2012
BRASIL SO RECUPERA A SUA POSICAO NO ANO 2015
Brasil só deve recuperar a 6ª posição entre os maiores do mundo em 2015
Até lá, o Reino Unido mantém o sexto lugar e o Brasil permanece um passo atrás, em sétimo, segundo levantamento da Austin Rating
03 de setembro de 2012
RIO - O Brasil só deve recuperar a sexta posição no ranking das maiores economias do mundo em 2015. Até lá, o Reino Unido mantém o sexto lugar e o Brasil permanece um passo atrás, em sétimo, segundo levantamento da Austin Rating, preparado a pedido da Agência Estado. O estudo levou em consideração as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) tanto para a expansão do PIB quanto para o câmbio, de 2012 a 2015.
Governo não atingirá meta de exportação do ano, diz MDIC
Aposta de alta do PIB volta a ser reduzida na Focus
Puxada pelo agronegócio, Centro-Oeste é a região que mais cresce no Brasil
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A economia brasileira cresceu menos do que o esperado em 2012, mas o câmbio teve um papel considerável na perda de posição do País no ranking das principais economias do planeta. Enquanto houve forte desvalorização do real frente ao dólar, a libra esterlina sofreu valorização em relação à moeda americana.
O cenário não deve se alterar até o fim do ano, a menos que haja uma inversão na tendência do câmbio ou que a economia brasileira cresça mais do que os 2,5% esperados pelo FMI, e a economia britânica fique abaixo dos 0,2% de expansão no ano.
"A diferença entre o PIB do Reino Unido e do Brasil é bem pequena, de US$ 2,929 bilhões. O FMI fará uma revisão nas estimativas no fim de setembro. O Brasil até pode manter a posição conquistada (a 6ª posição), mas desde que o câmbio mude ou que a previsão para o crescimento do Reino Unido também", calculou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, responsável pelo levantamento.
Agostini explica que o FMI estima uma desvalorização de 10% do real frente ao dólar em 2012, seguida de uma desvalorização média de 3,5% até 2015. Já para o Reino Unido, o FMI projeta uma valorização de 2% da libra esterlina sobre o dólar em 2012, seguida de uma desvalorização média de apenas 0,1% até 2015.
Paralelamente, o fundo estima um crescimento de 2,5% do PIB brasileiro em 2012, e de 0,2% para o Reino Unido no ano. "Nesse caso, os dados praticamente se anularam", contabilizou Agostini.
Escalada
Entretanto, para o período de 2013 em diante, enquanto a projeção do Brasil fica relativamente estável, em 4,1%, a estimativa de avanço no PIB para o Reino Unido sobe para 2,0% em 2013, 2,5% em 2014, e 2,6% em 2015.
"Ou seja, mesmo o PIB do Brasil subindo de 2,5% em 2012 para 4,2% em 2013, a perda da desvalorização da moeda nacional é maior do que a do Reino Unido. Além disso, o crescimento do Reino Unido aumenta de patamar até 2015, enquanto o Brasil fica estável em 4,1%", atentou o economista-chefe da Austin.
Em 2015, o PIB brasileiro alcançará US$ 2,872 trilhões, desbancando o PIB britânico, que a essa altura deve estar em US$ 2,851 trilhões.
"É como o tiro de largada de uma corrida de 200 metros. Quem explode larga na frente, mas quem guarda fôlego se recupera no final. O Brasil perdeu fôlego agora, em 2013 vai se afastar mais do Reino Unido, mas em 2014 diminuirá a diferença, para ultrapassá-lo em 2015", previu Agostini.
Até lá, o Reino Unido mantém o sexto lugar e o Brasil permanece um passo atrás, em sétimo, segundo levantamento da Austin Rating
03 de setembro de 2012
RIO - O Brasil só deve recuperar a sexta posição no ranking das maiores economias do mundo em 2015. Até lá, o Reino Unido mantém o sexto lugar e o Brasil permanece um passo atrás, em sétimo, segundo levantamento da Austin Rating, preparado a pedido da Agência Estado. O estudo levou em consideração as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) tanto para a expansão do PIB quanto para o câmbio, de 2012 a 2015.
Governo não atingirá meta de exportação do ano, diz MDIC
Aposta de alta do PIB volta a ser reduzida na Focus
Puxada pelo agronegócio, Centro-Oeste é a região que mais cresce no Brasil
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A economia brasileira cresceu menos do que o esperado em 2012, mas o câmbio teve um papel considerável na perda de posição do País no ranking das principais economias do planeta. Enquanto houve forte desvalorização do real frente ao dólar, a libra esterlina sofreu valorização em relação à moeda americana.
O cenário não deve se alterar até o fim do ano, a menos que haja uma inversão na tendência do câmbio ou que a economia brasileira cresça mais do que os 2,5% esperados pelo FMI, e a economia britânica fique abaixo dos 0,2% de expansão no ano.
"A diferença entre o PIB do Reino Unido e do Brasil é bem pequena, de US$ 2,929 bilhões. O FMI fará uma revisão nas estimativas no fim de setembro. O Brasil até pode manter a posição conquistada (a 6ª posição), mas desde que o câmbio mude ou que a previsão para o crescimento do Reino Unido também", calculou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, responsável pelo levantamento.
Agostini explica que o FMI estima uma desvalorização de 10% do real frente ao dólar em 2012, seguida de uma desvalorização média de 3,5% até 2015. Já para o Reino Unido, o FMI projeta uma valorização de 2% da libra esterlina sobre o dólar em 2012, seguida de uma desvalorização média de apenas 0,1% até 2015.
Paralelamente, o fundo estima um crescimento de 2,5% do PIB brasileiro em 2012, e de 0,2% para o Reino Unido no ano. "Nesse caso, os dados praticamente se anularam", contabilizou Agostini.
Escalada
Entretanto, para o período de 2013 em diante, enquanto a projeção do Brasil fica relativamente estável, em 4,1%, a estimativa de avanço no PIB para o Reino Unido sobe para 2,0% em 2013, 2,5% em 2014, e 2,6% em 2015.
"Ou seja, mesmo o PIB do Brasil subindo de 2,5% em 2012 para 4,2% em 2013, a perda da desvalorização da moeda nacional é maior do que a do Reino Unido. Além disso, o crescimento do Reino Unido aumenta de patamar até 2015, enquanto o Brasil fica estável em 4,1%", atentou o economista-chefe da Austin.
Em 2015, o PIB brasileiro alcançará US$ 2,872 trilhões, desbancando o PIB britânico, que a essa altura deve estar em US$ 2,851 trilhões.
"É como o tiro de largada de uma corrida de 200 metros. Quem explode larga na frente, mas quem guarda fôlego se recupera no final. O Brasil perdeu fôlego agora, em 2013 vai se afastar mais do Reino Unido, mas em 2014 diminuirá a diferença, para ultrapassá-lo em 2015", previu Agostini.
Friday, January 20, 2012
ORCAMENTO DA UNIAO PARA 2012
Dilma sanciona lei com orçamento da União para 2012
Receita total estimada é de 2,150 trilhões de reais; refinanciamento da dívida pública será de 655 bilhões de reais
A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que define o orçamento da União para 2012. A receita total estimada é de 2,150 trilhões de reais. A lei foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
O orçamento fiscal foi fechado em 959 bilhões de reais, enquanto o de seguridade social em 535 bilhões de reais. O refinanciamento da dívida pública será de 655 bilhões de reais.
Aprovado em 23 de dezembro, após intensas negociações, a vontade do governo federal acabou prevalecendo e a peça orçamentária foi acatada sem contemplar os reajustes salariais dos servidores nem o pretendido aumento real dos benefícios das aposentadorias que estão acima do salário mínimo.
Aposentados - Na ocasião, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, tentou impedir a votação, argumentando que só a permitiria se o governo assumisse o compromisso de negociar uma política de reajustes para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.
Nas conversas com os ministros, Paulinho ouviu a promessa de que a presidente Dilma divulgaria uma carta se dispondo a negociar com os aposentados e reabrir a mesa de negociação a partir de fevereiro. E ainda assim ele resistiu, exigindo um compromisso claro do Executivo para negociar com os aposentados.
(Com Agência Estado)
Receita total estimada é de 2,150 trilhões de reais; refinanciamento da dívida pública será de 655 bilhões de reais
A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que define o orçamento da União para 2012. A receita total estimada é de 2,150 trilhões de reais. A lei foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
O orçamento fiscal foi fechado em 959 bilhões de reais, enquanto o de seguridade social em 535 bilhões de reais. O refinanciamento da dívida pública será de 655 bilhões de reais.
Aprovado em 23 de dezembro, após intensas negociações, a vontade do governo federal acabou prevalecendo e a peça orçamentária foi acatada sem contemplar os reajustes salariais dos servidores nem o pretendido aumento real dos benefícios das aposentadorias que estão acima do salário mínimo.
Aposentados - Na ocasião, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, tentou impedir a votação, argumentando que só a permitiria se o governo assumisse o compromisso de negociar uma política de reajustes para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.
Nas conversas com os ministros, Paulinho ouviu a promessa de que a presidente Dilma divulgaria uma carta se dispondo a negociar com os aposentados e reabrir a mesa de negociação a partir de fevereiro. E ainda assim ele resistiu, exigindo um compromisso claro do Executivo para negociar com os aposentados.
(Com Agência Estado)
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