Economia não é ciência exata
São Paulo - Os economistas frequentemente recebem críticas por erros em suas previsões. Embora muitos utilizem modelos matemáticos e econométricos para tentar antecipar o futuro, não há como garantir 100% de acerto.
Em 2011, a grande incógnita é a Europa. No mercado, poucos têm uma visão tão pessimista como a de Ricardo Amorim, que vislumbra sérios problemas na Espanha. A maioria embutiu em suas projeções "apenas" um crescimento lento dos países ricos. Outra ponto-chave é a China. Uma pequena desaceleração já foi incorporada às análises, mas não uma pisada forte no freio.
O Brasil, nesse contexto, deve ter um ano positivo. Dentre as projeções coletadas por EXAME.com, a menor é de um crescimento de 4,3% do PIB. Câmbio comportado, inflação pressionada (mas não superior ao teto da meta) e juros em alta são outras previsões predominantes. Já o desempenho da balança comercial dependerá fundamentalmente do preço das commodities (novamente entram aqui incertezas internacionais).
Os economistas renomados ouvidos nessa reportagem têm currículo invejável, farta experiência em cargos públicos e privados e, em muitos casos, uma numerosa e competente equipe de analistas que olham com lupa todos os indicadores. Isso tudo não é garantia de perfeição. A figura da bola de cristal, evidentemente, é uma brincadeira, mas é importante reconhecer que a Economia não é uma ciência exata.
São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá crescer 4,5% em 2011, de acordo com pesquisa divulgada hoje (21) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em 2012, o resultado deverá se repetir, com crescimento também de 4,5%. Em 2010, a projeção da entidade é que a elevação no crescimento econômico termine em 7,5%.
Para o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, colaboraram para uma previsão mais modesta do PIB em 2011 e 2012 as medidas de restrição ao crédito, adotadas recentemente pelo Banco Central, a expectativa de uma política fiscal mais austera e de elevação dos juros no próximo ano.
“A gente tem uma base de comparação mais alta que é o próprio ano de 2010, em que a economia está fechando com crescimento de quase 8%. Se a gente juntar tudo isso, devemos ter um desempenho mais baixo em 2011, mas ainda muito positivo, muito favorável à economia”, afirmou Sardenberg.
Segundo as estimativas da Febraban, as operações de crédito que cresceram 20,3% em 2010 deverão aumentar menos – em razão das medidas de restrição do governo – nos próximos anos: 17,8% em 2011, e 17,2% em 2012.
A inflação deverá chegar a 5,2% em 2011 e a 4,5% em 2012. Já o ano de 2010 deverá terminar com aumento de preços de 5,2%. A taxa básica de juros, a Selic, deverá ficar em 12,25% em 2011 e 11% em 2012, segundo a entidade. A atual taxa é de 10,25%.
As projeções dos bancos mostram que a taxa de câmbio, que hoje está em torno de R$ 1,70, deverá ir a R$ 1,75 em 2011, e a R$ 1,80 em 2012. Já as reservas internacionais do país, hoje de aproximadamente US$ 286,2 bilhões, deverão chegar a US$ 299,1 bilhões em 2011 e a US$ 318,4 bilhões em 2012. O risco-país, que hoje está em torno de 198 pontos, deverá cair para 182,1 em 2011 e a 164,9 em 2012.
A Pesquisa de Projeções Macroeconômicas da Febraban foi feita entre os dias 16 a 20 de dezembro. Foram ouvidas 28 instituições financeiras.
São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá crescer 4,5% em 2011, de acordo com pesquisa divulgada hoje (21) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em 2012, o resultado deverá se repetir, com crescimento também de 4,5%. Em 2010, a projeção da entidade é que a elevação no crescimento econômico termine em 7,5%.
Para o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, colaboraram para uma previsão mais modesta do PIB em 2011 e 2012 as medidas de restrição ao crédito, adotadas recentemente pelo Banco Central, a expectativa de uma política fiscal mais austera e de elevação dos juros no próximo ano.
“A gente tem uma base de comparação mais alta que é o próprio ano de 2010, em que a economia está fechando com crescimento de quase 8%. Se a gente juntar tudo isso, devemos ter um desempenho mais baixo em 2011, mas ainda muito positivo, muito favorável à economia”, afirmou Sardenberg.
Segundo as estimativas da Febraban, as operações de crédito que cresceram 20,3% em 2010 deverão aumentar menos – em razão das medidas de restrição do governo – nos próximos anos: 17,8% em 2011, e 17,2% em 2012.
A inflação deverá chegar a 5,2% em 2011 e a 4,5% em 2012. Já o ano de 2010 deverá terminar com aumento de preços de 5,2%. A taxa básica de juros, a Selic, deverá ficar em 12,25% em 2011 e 11% em 2012, segundo a entidade. A atual taxa é de 10,25%.
As projeções dos bancos mostram que a taxa de câmbio, que hoje está em torno de R$ 1,70, deverá ir a R$ 1,75 em 2011, e a R$ 1,80 em 2012. Já as reservas internacionais do país, hoje de aproximadamente US$ 286,2 bilhões, deverão chegar a US$ 299,1 bilhões em 2011 e a US$ 318,4 bilhões em 2012. O risco-país, que hoje está em torno de 198 pontos, deverá cair para 182,1 em 2011 e a 164,9 em 2012.
A Pesquisa de Projeções Macroeconômicas da Febraban foi feita entre os dias 16 a 20 de dezembro. Foram ouvidas 28 instituições financeiras.
Sunday, December 26, 2010
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